
De acordo com dados da Strategic ETH Reserve.xyz, quase 8% de todo o ETH emitido está concentrado em ETFs e tesourarias corporativas. No início de abril, esse percentual era de apenas 3%, quando nenhuma empresa listada em bolsa mantinha Ethereum como ativo de reserva.
Desde então, grandes companhias passaram a adicionar ETH às suas carteiras, impulsionando o preço da criptomoeda de US$ 1.800 para US$ 4.300 em poucos meses. Entre os principais detentores estão a Bitmine Immersion Tech, com 1,2 milhão de ETH, a The Ether Machine, com 598,8 mil ETH, e a SharpLink Gaming, que possui 345,4 mil ETH.
Ao mesmo tempo, os ETFs de Ethereum saltaram de 3,5 milhões para 6,15 milhões de ETH, o que equivale a mais de 5% de todo o suprimento circulante. Os dois maiores são o iShares Ethereum Trust ETF, da BlackRock, com US$ 13,1 bilhões em ativos, e o Ethereum Fund da Fidelity, com US$ 3 bilhões.
O valor total de todos os fundos de Ethereum atingiu US$ 31,9 bilhões, representando 17,8% do valor total dos fundos de Bitcoin, que somam US$ 179,3 bilhões. O crescimento é expressivo: no fim de junho, o AUM era de apenas US$ 14,6 bilhões, mais que dobrando em um mês.
Reserva de Ethereum
Especialistas atribuem o salto à “imaturidade” do Ethereum em relação ao Bitcoin, que teve aumento de apenas 12,5% no mesmo período.
“Quem perdeu o momento do Bitcoin agora aposta no Ethereum e em outras altcoins”, afirmou Jad Comair, CEO da Melanion Capital.
A SharpLink Gaming anunciou que levantará US$ 400 milhões adicionais para ampliar seu tesouro de Ethereum, podendo ultrapassar US$ 3 bilhões em ativos. A operação será feita por meio da venda de ações a investidores institucionais, com previsão de conclusão em 12 de agosto.
De acordo com Ruslan Lienkha, chefe de mercados da YouHodler, o Ethereum ainda carrega um perfil de risco-retorno atrativo.
“Se as condições de mercado se mantiverem, o ETH pode gerar ganhos superiores ao Bitcoin em menos tempo”, afirmou.
Além disso, o interesse institucional não se deve apenas à valorização recente. O Ethereum é a maior rede de camada 1 do mundo e oferece utilidade diversificada, como contratos inteligentes, DeFi e NFTs. Isso reforça seu apelo para empresas e fundos.
Apesar do otimismo, alguns analistas alertam para paralelos com a “bolha das ICOs” de 2017-2018, prevendo que outras redes, como a Solana, possam ganhar o título de “moeda de tesouraria” no futuro.
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