
Uma professora aposentada foi vítima de um sequestro seguido de extorsão no Recife, com criminosos exigindo um resgate milionário em Bitcoin. O caso, ocorrido em março deste ano, teve desfecho na quarta-feira (13), quando a Polícia Civil anunciou a prisão de quatro integrantes da quadrilha, responsáveis pelo crime.
A vítima, mãe de um gestor de criptomoedas, foi alvo de um plano minucioso. De acordo com o delegado Jorge Pinto, os criminosos monitoraram as redes sociais do filho da vítima, acreditando que ele tinha alto poder aquisitivo. Após dias de vigilância, identificaram a rotina da professora e a sequestraram no momento em que ela saía do Fórum Desembargador Benildes de Souza Ribeiro, na Imbiribeira, Zona Sul do Recife.
Dois homens em um carro com placa clonada abordaram a aposentada, levando-a para um cativeiro em Olinda. Lá, ela ficou sob ameaça de arma de fogo por mais de 12 horas, enquanto os criminosos exigiam cinco Bitcoins (equivalente a R$ 3,3 milhões na época) do seu filho, que reside em Portugal.
A investigação, conduzida pelo Grupo de Operações Especiais, levou à prisão dos quatro suspeitos em diferentes localidades. A polícia prendeu dois suspeitos em Abreu e Lima e Olinda, na Região Metropolitana do Recife, e outros dois em Extremoz, no Rio Grande do Norte. Entre os detidos estão duas mulheres, acusadas de receber parte do resgate em criptomoedas, o que dificultou o rastreamento dos valores.
“(..) as mulheres que foram presas teriam recebido parte do pagamento do resgate em criptoativos, dificultando não só o rastreamento, mas também a identificação da origem e do valor que eram depositados.”, explicou o delegado. Os criminosos respondem por extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro.
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Sequestros com resgate em Bitcoin crescem
O aumento no valor das criptomoedas tem impulsionado um novo tipo de crime: os criptosequestro. Neste tipo de crime, os criminosos extorquem vítimas exigindo resgates em moedas digitais. Levantamento recente da NBC News mostra que esse tipo de crime ocorreu 67 vezes, em 44 países diferentes.
Conhecidos como “wrench attacks”, esses crimes envolvem violência física para forçar transferências de criptoativos. Investidores, empresários e influenciadores digitais são os principais alvos, especialmente aqueles que divulgam ganhos nas redes sociais.
Recentemente, investidor italiano de criptomoedas foi vítima de um sequestro em Nova York. Ele foi torturado por dois norte-americanos que o obrigaram a liberar o acesso para sua carteira de criptomoedas. Com o Bitcoin em alta, a tendência é que esses crimes se tornem ainda mais frequentes, exigindo maior atenção de investidores e uma resposta mais eficiente das autoridades.
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